Assim como foi citado no tópico anterior, o salário mínimo japonês é um dos grandes diferenciais na hora de escolher esse país para trabalhar.
Como a maioria das vagas, preenchidas por estrangeiros, faz parte de setores operacionais, saber sobre o salário mínimo pode ser um dos pontos de partida para decidir se trabalhar no Japão vale a pena ou não.
O salário mínimo japonês é calculado por hora, indo de 600 a 1500 por hora trabalhada. No caso de um estrangeiro, que recebe 800 ienes por hora trabalhada e tem uma jornada de 12 horas por dia, 22 dias por mês, o valor da remuneração é de 211.200 ienes. Convertendo para reais, isso dá em média R$7.775,24 mensal.
Veja a seguir o salário mínimo por hora em algumas províncias japonesas, considerando os valores praticados em 2017:
- Tóquio: 958 ienes
- Aichi: 871 ienes
- Shizuoka: 832 ienes
- Mie: 820 ienes
- Gifu: 800 ienes
- Gunma: 783 ienes
- Kanagawa: 956 ienes
- Saitama: 871 ienes
- Shiga: 813 ienes
Japão e o excesso de trabalho
A jornada de trabalho no Japão costuma ser um pouco mais longa e puxada, se comparada a do Brasil. Por lá, as pessoas trabalham em média 12 horas por dia, com direito a 1 hora de descanso. Essa carga horária pode ser dividida em três períodos.
Recentemente, o governo do Japão começou a incentivar folga em uma manhã de segunda-feira por mês. A medida foi tomada para que combater o excesso de trabalho e gerar um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Em 2016, o governo japonês descobriu através de uma pesquisa que 20% dos trabalhadores estavam fazendo cerca de 80 horas extras por mês. O estudo considerou uma amostra de 10 mil trabalhadores.
A principal preocupação é como as horas exaustivas de trabalho podem ter impacto na saúde das pessoas. Em geral, a jornada excessiva causa doenças cardíacas e problemas mentais (que podem levar ao suicídio).